Entre os problemas ambientais atuais, sem dúvida o assunto mais controverso e que mais assusta é o aquecimento global. Nesse artigo vamos entender um pouco mais sobre como ele ocorre e quais são as evidências que nos mostram que ele realmente está acontecendo. Além disso, será comentado sobre um estudo publicado em setembro de 2017 o qual destaca a importância dos dados oceânicos no monitoramento deste fenômeno.
As atividades humanas tem produzido um excesso de dióxido de carbono e outros gases de efeito estudo na atmosfera, causando o aprisionamento extra de calor na Terra, esse fenômeno é conhecido como aquecimento global. Mas como ele ocorre exatamente? Inicialmente temos que pensar em como a energia chega até nós. Da radiação do sol que chega à Terra, a maior parte é representada pela radiação infravermelha, algo entre 55%. Do restante, aproximadamente 40% é composta pelo espectro de luz visível e a menor porção (5%) é constituída por raios ultravioletas, os quais já tem boa parte de sua radiação bloqueada pela camada de ozônio. Depois disso, o planeta irradia para o espaço uma quantidade de energia igual àquela que absorveu do sol, mas essa irradiação ocorre toda sob a forma de radiação infravermelha. A Terra funciona, portanto, como um irradiador de infravermelho que iria todo para o espaço, não fosse a presença na atmosfera de alguns gases (os famosos gases estufa) que absorvem grande parte dessa radiação e, consequentemente, aquecem-na. O problema atualmente é que esses gases estão multiplicados, causando menor escape do calor para o espaço e consequente aumento da temperatura média global.
Apesar de todas as evidências, alguns cientistas defendem a tese de que o aquecimento global não existe. Um estudo realizado por Meehl (2004) mostra que as temperaturas médias globais realmente estão sendo afetadas pelas ações antropogênicas, uma vez que estaríamos entrando em um período mais frio a partir de meados de 1960, e não o contrário como tem acontecido.
Apesar de todas as evidências, alguns cientistas defendem a tese de que o aquecimento global não existe. Um estudo realizado por Meehl (2004) mostra que as temperaturas médias globais realmente estão sendo afetadas pelas ações antropogênicas, uma vez que estaríamos entrando em um período mais frio a partir de meados de 1960, e não o contrário como tem acontecido.
Ainda, o último boletim do departamento norte-americano NOAA (National Oceanic and Atmosferic Administration) mostra que 2017 tende a ser o segundo ano mais quente desde quando há registro (1880). No gráfico abaixo ele é colocado junto aos 8 anos mais quentes já registrados.
Mas e como podemos medir a velocidade de avanço do aquecimento global? Qual a melhor forma de monitorar o aquecimento global? Um estudo conjunto que envolveu cientistas chineses, norte-americanos e franceses sugere que os dados de aquecimento dos oceanos e o aumento do nível dos oceanos apresentam respostas mais confiáveis do que as temperaturas médias globais propriamente ditas.
Isso porque a curto prazo, as flutuações de temperatura têm menos influência no oceano do que na atmosfera. Por esse motivo, os cientistas podem identificar mais facilmente os sinais do aquecimento global por meio da análise a longo prazo do oceano. Além disso, já é sabido que mais de 90% do calor que fica retido na atmosfera pelos gases estufa acabam no oceano. Por isso, para medir o aquecimento global, é imprescindível medir o aquecimento dos oceanos.
Uma comparação entre os três indicadores climáticos (aumento do nível dos oceanos, quantidade de calor dos oceanos e média da temperatura global) mostra claramente que a média da temperatura global apresenta maiores flutuações sendo um indicador mais sensível e os demais apresentam um padrão muito parecido com a linha de tendência. Mostra também que há uma tendência linear correlacionada para os três indicadores. Sendo assim, os indicadores aumento do nível dos oceanos e quantidade de calor dos oceanos mostram-se mais confiáveis e robustos nos estudos de monitoramento e previsão do aquecimento global.
REFERÊNCIAS
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc08/quimsoc.pdf
http://www.cgd.ucar.edu/ccr/publications/meehl_additivity.pdf
https://www.ncdc.noaa.gov/sotc/global/2017/08/supplemental/page-1
https://www.ncei.noaa.gov/news/study-earth%E2%80%99s-climate-look-ocean
https://eos.org/opinions/taking-the-pulse-of-the-planet
💙🌎http://www.cgd.ucar.edu/ccr/publications/meehl_additivity.pdf
https://www.ncdc.noaa.gov/sotc/global/2017/08/supplemental/page-1
https://www.ncei.noaa.gov/news/study-earth%E2%80%99s-climate-look-ocean
https://eos.org/opinions/taking-the-pulse-of-the-planet
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